Confesso: eu não conheço Deus! Também não conheço Curitiba. Já estive algumas vezes em São Paulo, mas sem dúvida não a conheço mesmo! E o Rio de Janeiro... Ah o Rio! Conheço alguns quarteirões de Curicica, algumas ruas de Jacarepaguá e outras do parque Fluminense, o Shopping da Barra, Ipanema e claro, o Maracanã, onde eu e meu filho mais velho fomos assistir Flamengo, pelo brasileirão de 2009. Mas tudo isso eu devo aos amigos anfitriões que gentilmente me levaram a conhecer a cidade, pois eu, sozinho no Rio, faria coro àquela música de Renato Russo: “preciso me encontrar, mas não sei onde estou”. Isso, simplesmente porque não conheço o Rio de Janeiro, senão de por lá passar.
Como, pois, eu poderia conhecer Deus? Logo Ele, tão grande, tão surpreendente!
Houve quem em sã consciência afirmou ter conhecido Deus de ouvir falar e depois de andar com Ele. Com base nisso há, hoje, quem presuma conhecer Deus dessa mesma forma. Mas eu pergunto: por onde tem andado essa gente a ponto de conhecê-lo? Terão eles andado por outras galáxias? Terão absorvido todas as culturas da terra? Terão penetrado a mente de cada ser humano? Ou seria Deus tão medíocre e pequeno a ponto de se confinar ao meu planeta, à minha cultura e ao que eu penso?
O que conheço de Deus não é nada mais do que leio, ouço, vejo e sinto. E tudo isso sob minha limitação cognitiva e a condição de onde estou e por onde ando. E andando comigo Ele se mostra no caminhar, revelando-se o próprio caminho.
Conhecê-lo de andar com Ele não é nada, e ainda assim é o máximo que dEle posso conhecer. A verdade é que Deus não é apenas o que se pode conhecer em meu caminho! Ainda mais eu, que sou tão pequenino! Por isso não posso dizer que o conheço. Seria insanidade afirmar que conheço São Paulo por ter andado pelo terminal Tietê ou ter corrido pelos portões de embarque do aeroporto de Congonhas. Seria loucura dizer que conheço a Deus por ter andado com Ele por alguns lugares durante alguns anos, diante do infinito e a eternidade sobre os quais Ele reina.
Deus também se revela por onde os outros andam. É por isso que temos culturas tão distintas, e cristãos são tão diferentes de taoistas! Porque nem o cristianismo, nem o taoísmo, nem qualquer outra religião ou cultura poderia comportar toda sapiência de quem é Deus. Aliás, nem mesmo o universo inteiro poderia revelar a plenitude do Criador, pois, segundo o autor sagrado, os céus e a terra revelam apenas o que é possível dele conhecer. (vd.Rm.1,19)
Caso você pense diferente, não faças mal juízo de mim. É que talvez, por andarmos separados, tenhamos conhecido partes diferentes da multiforme graça divina. E talvez um dia, se nos dispusermos a de fato nos conhecermos, andarmos juntos, nos amarmos e reconhecermos a revelação divina nas diferenças de nossos semelhantes, possamos conhecer a Deus, e sermos semelhantes a Ele!
É elementar meu caro amigo, refletir sobre teus escritos e calar a voz.
ResponderExcluirOu tu estás esbofeteando a tua própria pessoa, ou simplesmente a semântica doutrinou teus argumentos.
No final de teu raciocínio tu declarastes o quanto conheces ao Deus desconhecido, por aqueles que dizem conhecer sem ao menos dar um exemplozinho.
Folgo-me em queimar a retina diante da alucinante elucidação de fatos tão contemporâneos
relevantes e sinceros que alinhavastes aqui.
Rapaz, assim digo pois tua mente é de um jovem ávido por retirar a máscara que Paulo denunciou em IICor.3:13, Onde Moisés queria manter o "Status de santidade"e impressionar os outros,
continue assim pois a cada dia tu estás revigorado, creio que seja pelo fato de conhecer Deus. Pois teus passos denunciam que estivestes com Ele.
Abração do amigo Pr.Maicon Blues
otimo... muito bom!!! realmente só conhecemos ele quando nos dispomos a caminhar com ELE... E tem muita gente que se acha a tal, eu prefiro continuar como Jó, conhecendo Ele no meu caminhar diário...
ResponderExcluirÓtimo texto ...
ResponderExcluirBem, o que eu vou falar? ..... nada ..... rsss
Forte Abraço Julio