quinta-feira, 29 de julho de 2010

CAMISINHAS NAS ESCOLAS

Mais alguns milhões de reais serão tirados da saúde pública, que já anda a beira da morte, para disponibilizar máquinas de camisinha nos pátios das escolas, a fim de que cada aluno tenha até 20 camisinhas disponíveis por mês. Ou seja, uma transa por dia letivo!!!! Contando que o(s) parceiro(s) também tem a mesma cota, este número passa para duas transas diárias. Será que sobrará tempo pra estudar?

Mas o que mais me deixa intrigado é o seguinte: Onde os alunos usarão o preservativo? Em sala de aula ou no banheiro? O governo também disponibilizará quartos com camas? Afinal, o sistema de educação já é uma zona, mesmo!

Onde isso vai dar, todo mundo já sabe: mais promiscuidade, menos valores cristãos, desestruturação familiar, etc. Enquanto nós não nos importamos com isso, meia dúzia de espertalhões embolsa milhões de nossa pobre saúde. E ainda há trouxas que aplaudem essa vergonha, fazendo um discurso de modernismo!

Ademais, depois que aprovarem essa nojeira, não queiram dar suspensão para os alunos flagrados fazendo sexo nas dependências da escola. Quem dá a comida também dispõe a mesa.

Depois não digam que eu não avisei.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

E se não houver demônios?

“Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas” (Atos 1:8).

A razão pela qual o Espírito Santo foi derramado sobre a igreja é para que esta fosse testemunha de Cristo sobre toda a terra, sendo Ele próprio a força propulsora da igreja. Logo, nossas motivações deveriam girar em torno da comunhão com o Espírito de Deus. Entretanto, o que se observa desde os tempos remotos até hoje, é que a fé tem sido sustentada não pelo conhecimento da Palavra de Deus, mas sim e simplesmente pela crença no diabo. São tantos os dogmas surgidos de superstições, fábulas, contos e lendas, infiltrados com tanta incisão em nossas igrejas, que já tomaram o posto da infalibilidade, sendo pregados e ensinados como se a Bíblia assim dissesse. Tudo porque o diabo tem sido tão ou mais necessário para a fé dos crentes do que o próprio Deus Eterno. Então eu pergunto: Onde ficariam as pessoas que lotam os acentos das catedrais, se ficasse provado que o diabo, satanás ou os demônios não existem? Provavelmente, nem os acentos ficariam mais lá. Ei, ei, ei! – diria o pregador – Sentem-se, por favor! O Espírito de Deus está aqui! É por Ele que estamos aqui, não é? Sua Palavra é viva! É dela que nos alimentamos espiritualmente, certo?

Será mesmo o Espírito Santo a força propulsora desta “igreja”, ou será o medo do diabo? As igrejas tem se enchido por ocasião do amor a Deus, ou pela simples fascinação pelo “sobrenatural”, “mundo paralelo” e outras superstições que nos remetem a um dualismo meramente besuntado de evangelho? Podemos dizer: ah, se não fora o Senhor? Ou deveríamos assumir: ah, se não fora o diabo? Sim, porque se não houvesse diabo, com certeza, o número de crentes seria muito menor do que o registrado em nossos atuais róis de membros. Então será que o diabo se tornou bonzinho, se converteu, para encher as igrejas? Não, o poder do engano continua tão mal quanto sempre foi, só que agora enche as igrejas de pessoas vazias que expulsam demônios, falam novas línguas, profetizam, operam maravilhas, sem, contudo, conhecerem ou serem conhecidos pelo Senhor. Pois se conhecessem a Deus, certamente, se desviariam. Afinal, o deus a que se converteram não é o Deus verdadeiro, mas sim um deus (com letra minúscula, mesmo) condicionado aos preceitos e preconceitos, sujeitos às ordens e desordens de quem se diz “servo de Deus”. Isso porque a qualificação do verbo servir restringe-se à concupiscência carnal-satânica da sede de poder. Digo isto, porque a maioria dos que o “servem” não tem vocação ministerial alguma, apenas possuem o puro afã de se verem poderosos aos próprios olhos, “exorcistas infalíveis”, verdadeiros “super-homens” que tomam para si a glória daquele que não divide sua glória com ninguém. Daí, posso dizer que se o diabo não existisse já não seriam apenas os acentos das catedrais que estariam vazios, provavelmente, seus púlpitos também.

O mais interessante nisso tudo é que aqueles que se chamam pelo nome de Cristo, ditos como comissionados a evangelizar, fazem exatamente o oposto a isso. Vale lembrar que evangelizar significa anunciar as boas novas ou cristianizar, pois Cristo é a boa-nova a ser anunciada. Ele se fez homem, assim humanizou os céus, afim de que nós cristianizássemos a terra. Mas, ao invés de cristianizar, a igreja tem, cada vez mais, “demonizado” a tudo quanto pode, ainda que não devesse. Demonizam a enfermidade que o próprio Jesus disse que era pra glória de Deus; demonizam tudo o que não conseguem explicar (afinal, demonizar é mais fácil do que estudar a causa); demonizam as decisões erradas (é mais fácil pôr a culpa no diabo); demonizam as ganjas das crianças (sai delas... em nome da “Super-Nanny”). Por fim, demonizam o bom vinho, a boa música, o prazer da mulher amada. Quando pensam nisso, até mesmo Deus é demonizado e repreendido “em nome de Jesus” por aqueles que não conhecem a revelação de Deus contida em Eclesiastes 9:7-9 – “Vai, pois, come com alegria o teu pão e bebe gostosamente o teu vinho, pois Deus já de antemão se agrada das tuas obras. Em todo tempo sejam alvas as tuas vestes, e jamais falte o óleo sobre a tua cabeça. Goza a vida com a mulher que amas, todos os dias de tua vida fugaz”.

Deixo aqui duas perguntas: Como o seu deus tem que ser e o que Ele tem que fazer, pra que você o tenha por Deus? E se não houver demônios, onde fica a tua fé?

segunda-feira, 19 de julho de 2010

PARA VER DEUS

“Apareceu o SENHOR a Abraão nos carvalhais de Manre, quando ele estava assentado à entrada da tenda, no maior calor do dia. Levantou ele os olhos, olhou, e eis três homens de pé em frente dele. Vendo-os, correu da porta da tenda ao seu encontro, prostrou-se em terra e disse: Senhor meu, se acho mercê em tua presença, rogo-te que não passes do teu servo; traga-se um pouco de água, lavai os pés e repousai debaixo desta árvore; trarei um bocado de pão; refazei as vossas forças, visto que chegastes até vosso servo; depois, seguireis avante. Responderam: Faze como disseste” (Gênesis 18:1-5.

Já dizia Santo Agostinho que anjo não é substância, anjo é encargo. Ou seja, anjo é alguém enviado por Deus, encarregado de uma missão relacionada a alguém ou a alguma causa. Nesse contexto, anjos podem ser de substância humana ou divina. Há quem acredite que os três homens citados no texto acima fossem anjos de substância divina. Entretanto, as necessidades que estes tinham em relação à comida, bebida e limpeza dos pés, denotam a humanidade deles. Que fossem anjos, eu não discordo, pois Deus os havia enviado. Quanto à substância desses, a Bíblia é claríssima: eram “três homens”, eram de carne e osso mesmo.

O fato do aparecimento desses homens ser relatado como um aparecimento do Senhor a Abraão, não deveria nos causar estranheza. Tal estranheza só nos ocorre porque, ao contrário de Abraão, não sabemos reconhecer a presença de Deus na pessoa do próximo. Achamos possível a comunhão com o Divino sem comungarmos com a natureza, as pessoas e a terra. Quanto engano!

Servir ao próximo é servir a Cristo. Foi o que Ele próprio garantiu. Por isso, a espiritualidade não pode ser entendida apenas no âmbito da contemplação, pois a verdadeira contemplação conduz ao serviço. Isto é, ninguém que realmente deseje contemplar a Cristo, deixará de contemplá-lo na pessoa do próximo; e ninguém que contemple Cristo no próximo, deixará de servi-lo como se a Cristo o fizesse.

Quando vemos Abraão servindo a homens com a absoluta convicção de que a Deus estava servindo, algo nos parece errado. Isso porque errados estamos nós, que tratamos nossos semelhantes com a mais cruel discriminação e preconceito.

Aquele que disse que fazer ao pobre, ao cego, ao nu, ao forasteiro, ao faminto e sedento, é o mesmo que disse que quem o visse veria o Pai. Assim, se queremos ver Deus, precisamos deixar de olhar para cima e olhar para os guetos, para os prostíbulos, para as sarjetas, para as favelas, para os excluídos. Dar-lhes água, pão, carne, lavar-lhes os pés; dar-lhes oportunidade, uma segunda chance; estender-lhes as mãos e, então, sermos tocados por Deus.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

A LEI E O ESPÍRITO DAS ESCRITURAS

“E eis que certo homem, intérprete da Lei, se levantou com o intuito de pôr Jesus à prova e disse-lhe: Mestre, que farei para herdar a vida eterna? Então, Jesus lhe perguntou: Que está escrito na Lei? Como interpretas? A isto ele respondeu: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento; e: Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mateus 10:25-27).

A pergunta que Jesus fez ao intérprete da lei é crucial para nós. Não basta saber o que está escrito, a maior importância recai sobre como se interpreta os escritos. Afinal, uma coisa é o que está escrito, mas o que está dizendo pode ser outra.

O homem que conversava com Jesus poderia ter citado diversos textos da Lei que contemplasse o zelo religioso e a moralidade como princípios para herdar a vida eterna. Ao invés disso, como bom intérprete que era, sabia que tudo que estava escrito na Lei tinha uma única interpretação, amar.

A Lei mandava extinguir os inimigos, mas Jesus, que não veio ab-rogar a Lei e sim trazer a verdadeira interpretação dela, ensinou que devemos amar os nossos inimigos. Com isso Jesus não contrariou a Lei, apenas lhe deu um sentido mais amplo e eficaz: ao invés de extingui-los ao fio da espada, propôs sua extinção acabando com a inimizade, se dispondo a amar; ao invés de expulsar o pecador do meio dos santos, propôs livrá-lo do pecado se aproximando dele.

São Tiago nos dá o princípio hermenêutico mais precioso e fundamental, que infelizmente muita gente deixa de lado. Assim diz ele: “observais a lei régia segundo a Escritura: Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Tg.2:8). Isto é, o amor ao próximo é a lei que rege todas as demais leis.

Com isso, podemos dizer que qualquer cumprimento da lei será ilegítimo se o amor não lhe for o seu princípio e finalidade, sua causa e efeito. Por outro lado, até mesmo a violação de certos legalismos não é imputada sobre o infrator, quando as ações são regidas pelo amor. Sobre isso disse São Pedro: “Acima de tudo, porém, tende amor intenso uns para com os outros, porque o amor cobre multidão de pecados (1 Pedro 4:8).

Se para os homens dura lex, sed lex (a lei é dura, mas é a lei), para Deus verus amor omnia vincit (o amor verdadeiro vence tudo), pois o amor é maior que tudo e nele se concentra toda vontade divina para o homem.

A verdade é que a Bíblia é uma só, mas milhares são suas interpretações. É exatamente aí que se concentra nossa dificuldade, pois em vez de termos, da Bíblia, uma Lei com diversas interpretações, deveríamos, sim, extrair dela seus vários princípios de conduta, mas com uma só intenção, a saber, o amor a Deus e ao próximo.

Este é o Espírito das Escrituras. Quem não o tem, morre na letra.