domingo, 25 de abril de 2010

A CRUZ (parte II)

Há alguém na Cruz

“Porque eu, mediante a própria lei, morri para a lei, a fim de viver para Deus. Estou crucificado com Cristo;” (Gálatas 2:19).

Muitos cristãos aceitam a cruz como símbolo do cristianismo, contudo, não a aceitam senão vazia. Argumentam que Cristo já ressuscitou, e que assim o uso de tal símbolo com alguém crucificado seria a negação da doutrina da ressurreição.
Muito embora sejamos participantes da ressurreição de Cristo, para uma nova vida, tanto quanto somos participantes de sua cruz, não podemos negar que vivemos sob a tensão de duas naturezas. A saber: a carnal e a espiritual. Uma nascida da natureza humana, outra nascida da natureza de Cristo; uma tendendo para satisfação do ego, outra tendendo para o bem do próximo e equilíbrio do cosmos. Isso faz parte de nossa evolução. Estamos aprendendo a ser como Cristo e neste processo precisamos crucificar constantemente nossas tendências carnais e egocêntricas. Quando vejo a figura do Cristo crucificado, não vejo apenas o Filho de Deus na cruz, vejo também o corpo de Cristo. Corpo do qual eu faço parte e, portanto, estou vendo minha carne e sua concupiscência ali e assim desejo vê-la até o dia de minha morte, quando completarei todo processo de transformação e minha carne jamais me tentará ao mal novamente.

A cruz jamais deve estar vazia. Isso seria um desastre! Ela é o lugar onde a maldade é vencida, o pecado é exposto, a natureza egocêntrica é aniquilada, o véu é rasgado e a graça é revelada. Quantas desgraças nós já presenciamos pela carência destes atributos da cruz! O que será do mundo se a cruz estiver vazia?

Há hino, de autor e origem desconhecidos, muito bonito que expressa muito bem esse assunto. O hino diz assim:

Senhor, por eu te amar
Eu quero ver tua vontade em mim

Me leva pra cruz, Senhor
Eu quero reinar
Como Cristo reinou

Eu quero ver o mundo
Meus pecados e minhas vontades
Sujeitas lá na cruz


Esse é o elo entre a cruz e toda posteridade. Uma cruz não só contada e cantada em versos e prosas, mas vivida na vida de cada pessoa que, a exemplo do apóstolo Paulo, se sujeita às dores que as perdas provocam, quando se busca mudanças para transformar o mundo em favor do próximo. Assim dizia São Paulo: “Agora, me regozijo nos meus sofrimentos por vós; e preencho o que resta das aflições de Cristo, na minha carne, a favor do seu corpo, que é a igreja” (Colossenses 1:24).

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Extraído do livro 'O Cristianismo que os Cristãos Rejeitam' de Julio Zamparetti Fernandes

sábado, 24 de abril de 2010

A CRUZ

“Mas nós pregamos a Cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os gentios;” (1 Coríntios 1:23).

A cruz tem sido negada por muitos cristãos e isso ocorre de várias formas. Primeiramente, a cruz é negada por pessoas que afirmam que ela não é símbolo do cristianismo e jamais foi usada pelos cristãos da igreja primitiva. Dizem que seu uso está relacionado a Constantino (Imperador de Roma que se converteu ao cristianismo, tornando-o a religião oficial do império), figura abominável aos olhos deles.

Não tenho intenção de julgar os méritos ou deméritos de Constantino ou de quem o abomina. Entretanto, creio que independentemente do uso ou desuso de Constantino, a cruz, sob vários aspectos, tem uma importância singular à fé de todo o que crê em Cristo.

Foi o próprio Jesus quem advertiu que se alguém quisesse segui-lo deveria tomar a sua própria Cruz. É no mínimo contraditório alguém se denominar cristão e negar a cruz.

Para ser cristão é necessário estar incluso na cruz de Cristo, ser parte de seu corpo. É preciso morrer a sua morte e viver a sua vida. Quando se morre na carne, não restam desejos, apetites, nem libidos pecaminosos. Aqui quero lembrar algo muito importante: a igreja é o corpo de Cristo. Portanto, em Cristo, já provou da morte na carne. Esse é o significado de estar morto em Cristo. Muitos desejam participar da vida de Cristo, mas pouquíssimos se dispõe a participar de sua morte. O problema é que a vida de Cristo começa na sua morte, não há outro caminho, não há atalho. Na morte carnal de Cristo está a morte para o pecado de todo aquele que crê e está incluído em sua morte, em sua cruz. A partir daí é que se pode viver a vida que Ele prometeu, não só no porvir, mas também aqui, afinal, a eternidade começa agora. Portanto, negar a cruz é negar o meio pelo qual Deus escolheu para executar o processo salvífico do homem.

A Bíblia é repleta de exemplos de que o caminho cristão é um caminho de cruz. A porta é estreita, o caminho apertado, há pedras no caminho e Jesus não as transformou em pães. Se você tem recebido a proposta de que Cristo te fará rico por meio de uma “singela” oferta, ou tem ouvido falar de um evangelho que é só vitória e sucesso, tome cuidado. Você está sendo enganado!

Muitos dos que buscam uma religião, hoje em dia, buscam uma fórmula mágica para o sucesso. Para vergonha do cristianismo essas fórmulas têm sido supostamente encontradas aos montes nas seitas que se denominam cristãs. Iludidas, pessoas carentes e ansiosas por solução, seguem todos os passos ordenados por líderes mercenários que só estão interessados em encher seus templos e cortar até a última lã que as pobres ovelhas podem dar.

Há uma cruz no caminho, no caminho há uma cruz. Não há cristianismo sem cruz. Ao menos não um cristianismo que pretenda transformar o mundo. Pois, como diz meu amigo, pastor Maicon Blues: “não há transformação sem mudança, nem mudança sem perda, nem perda sem dor”. Essa é a cruz da qual não pode fugir quem deseja um mundo melhor. Precisamos estar dispostos a mudarmos nossa velha maneira de ser, abandonarmos o egoísmo, deixarmos de pensar como indivíduos e pensarmos como família, irmãos, cidade, país, planeta terra. Enfim, pensarmos como parte integrante do cosmos que caminha para a destruição, caso continuemos agindo irresponsavelmente de maneira individualista e egocêntrica.

Mudar isso, de fato, requer perdas: requer perda do lucro ilícito; requer perda de “favores” políticos; requer perda das facilidades que dificultam a vida dos outros. Requer perda de bajulações, quando o falar a verdade não interessa os bajuladores de plantão; requer perda do apoio de amigos quando os interesses desses amigos não correspondem aos ideais de mudança; requer perda, até mesmo, dos próprios amigos, quando esses não eram mais do que amigos de seus próprios interesses. Quanto a isso, disse Jesus: “Se alguém vier a mim e não aborrecer a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs, e ainda também a sua própria vida, não pode ser meu discípulo” (Lucas 14:26).

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Extraído do livro ‘O Cristianismo que os Cristãos Rejeitam’ de Julio Zamparetti Fernandes.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

RECORD X GLOBO

Por Presbítero Rangel

Caros amigos e irmãos

Bom, primeiramente quero deixar claro que não tenho a mínima intensão de defender a rede globo, de forma alguma. Sei muito bem de suas investidas e sua intenção de embutir na mente das pessoas idéias totalmente contrárias ao cristianismo, como por exemplo, suas novelas com teor altamente espíritas, com práticas de adultério e tudo o mais.
Mas, como diz o ditato: "pau que dá em Chico, também dá em Francisco". Quero dizer com isso que não podemos tapar o sol com a peneira, não podemos usar dois pesos e duas medidas. A Rede Record, arqui-inimiga número 1 da Rede Globo, também não é boa coisa. Se a globo tem BBB, eles tem A Fazenda, que não perde muito em obscenidades. Se uma tenta difundir o espiritismo, outra difunde um "cristianismo" totalmente deturpado, onde há o claro sincretismo com elementos de culturas afro, amuletos, simpatias, etc. Um "cristianismo" onde riqueza é sinônimo de fé, onde não há um compromisso sério com a Palavra de Deus e não subsiste com outro objetivo senão o de enriquecer cada vez mais seus "bi$po$ e pa$tore$". Sinceramente, não sei qual é pior.
Em relação as novelas, lembro de certa vez, em que estava na casa de uns parentes que são fãs de novelas da Record, a TV estar ligada numa cena onde a mulher apareceu nua em cima da cama, na hora mudaram de canal. Nem eles esperavam que tal cena apareceria, ficamos até constrangidos. Na hora eu falei: " tá pior que novela da globo heim?" Gente, é tudo a mesma PORCARIA!!!
Mas o pior ainda está por vir. Vejam com seus próprios olhos esse vídeo:

http://www.youtube.com/watch?v=pSWMLtTzbnA

Então, é isso mesmo que vocês viram e ouviram. Record apóia e incentiva o ASSASSINATO DE CRIANÇAS INOCENTES NO ÚTERO MATERNO!!! Sinceramente não vejo definição melhor para ABORTO!!! Isso eu acho que nem a Globo é capaz de fazer. Na verdade, o "dono" da Record e da "igreja" Universal, bi$$po Edir Macedo, é abertamente a favor da legalização do aborto, declarou essa infâmia inclusive na sua própria biografia. Isso com certeza é muito pior do que qualquer incentivo ao homossexualismo, adultério, prostituição etc. MATAR uma criança indefesa é uma das atitudes mais cruéis e maldosas que pode haver na face da terra. E eles, que muitos consideram uma TV "cristã" propagam isso, como se fosse a coisa mais natural no mundo.

E esse vídeo, de um bi$po da IURD ensinando a fazer acordo com bandidos:

http://www.youtube.com/watch?v=j-ouI3Frbbc

Gente a IURD e sua corja, são muito mais bandidos do que a rede globo!!!

O que há de mais imoral, promíscuo e nojento que passa na tv brasileira, são muitos dos programas "evangélicos", como, por exemplo, o do $ila$ Malafaia, onde um pa$tor americano, pede R$ 1000,00 em troca de bençãos, inclusive salvação da família! Sinceramente, prefiro ver 10 beijos gays (e olha que tenho nojo disso) do que essa vergonha que fazem usando o nome de Deus, quando na verdade, o único "deus" que cultuam é o próprio ventre. Vejam o vídeo:

http://www.youtube.com/watch?v=OymyyFu65h8

Esse é o meu desabafo, como disse, não defendo uma nem outra, apenas creio que devemos denunciar tudo que é nocivo a nossa família, a nossa vida e principalmente á Igreja de Cristo, mesmo que venham de "evangélicos".

Pra encerrar, quero dizer que ambas as redes tem bons e maus programas. Seja Record, Band, SBT, Rede TV, ou mesmo a Rede Globo. Basta sabermos escolher o que assistirmos e educarmos nossos filhos para isso. Parafraseando São Paulo: "todos os programas televisivos me são lícitos, mas nem todos me convém, e eu não me deixarei dominar por nenhum deles".

Na paz de Cristo!

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Presbítero Rangel+
Blog: www.presbiterorangel.blogspot.com

quinta-feira, 15 de abril de 2010

ACREDITO NAS CRIANÇAS

Acredito que um futuro melhor não está nas mãos das instituições, nem dos instituidores, mas sim nas mãos daqueles que podem crescer com uma nova consciência.

Nós adultos temos fracassado porque trabalhamos hoje, tentando fundamentar nosso trabalho sob uma consciência imatura, ou mesmo ausente. Trabalhamos contra a corrupção, mas nossa consciência é imatura a ponto de sequer enxergarmos o quão somos corruptos em nossa intimidade e relacionamentos. Queremos salvar o planeta, mas ainda jogamos o papel de bala e chiclete mascado nas ruas e em qualquer canto. Almejamos fraternidade, igualdade e liberdade, mas ainda rimos dos defeitos físicos dos outros, provocando exclusão, fazendo-nos achar que somos superiores ao semelhante e gerando reações anti-sociais que tolhem a liberdade do cidadão.

Nada disso pode ser mudado do dia para noite, mas aqueles que não estão com suas mentes acostumadas com tantas barbáries, poderão (acredito) fazer um mundo diferente. Diferença que não se impõe, não se obriga, mas é gerada naturalmente de uma consciência, desde cedo, lapidada pela razão e purificada pelo amor.

“Em verdade vos digo: Quem não receber o reino de Deus como uma criança de maneira nenhuma entrará nele” (Marcos 10:15).

SER COMO CRIANÇA NÃO DEPENDE DA IDADE.

sábado, 10 de abril de 2010

EVANGÉLICOS IDÓLATRAS

Evangélicos são, muitas vezes, idolatras... eu diria até arcólatras, oleólatras, fitólatras, gedozólatras, salólatras, corredorólatras, campanhólatras e até bibliólatras. Muitas igrejas não admitem o uso da imagem do crucifixo que é um ícone da nova aliança, mas usam e abusam de qualquer réplica mal feita da arca, que é ícone da antiga aliança. Isso sem contar com a devoção que o povo evangélico, não raras vezes, emprega à arca; enfrentam filas para tocá-la e o fazem muitas vezes chorando e confiando que ao simples toque serão abençoados. Que diferença tem isso da devoção empregada no santuário de Aparecida? Na verdade, a maioria dos crentes apenas mudou de idolatria (se é que a imagem dos santos constitui idolatria).

Os santos são ícones do cristianismo; são exemplos a serem seguidos; gente que andou com Cristo e viveu Sua cruz e ressurreição, portanto, apontam para Cristo. Mas quem são os ídolos evangélicos? Arca, castiçal de sete velas (sem velas! rsrs), óleo ungido (e você não vê católicos com vidrinho de óleo lambuzando tudo o que possui), lencinho, fitinha, toalhinha, sal e rosa ungidos e por aí vai. Acaso alguma dessas coisas pode ser ícone perfeito de cristo? Apontam para Cristo? Seguiram Cristo? Viveram a morte e ressurreição de Cristo? NÃO. Alguns são ícones da velha aliança, outros apontam somente para a avareza de seus líderes sem escrúpulo. Logo, a cultura invangélica (assim mesmo, pois de evangélica não tem nada) está mais impregnada de idolatria do que aquela que os invangélicos acusam e condenam.

Todavia não se pode negar a desvirtuação da iconologia católica, que contraria as Escrituras e o próprio catecismo católico e a ICAR simplesmente fecha os olhos para isso.

Santos são ícones, não mediadores. A idolatria evangélica nem para ícone serve.

terça-feira, 6 de abril de 2010

UMA IGREJA AO GOSTO DO FREGUÊS

Para quem quer fazer-se líder espiritual “bem $ucedido”, quero dar algumas instruções baseadas na experiência própria de uma década de pastoreio “mal $ucedido”.

Em primeiro lugar é preciso saber que toda forma de princípios deverá ser deixada de lado, pois os princípios, fatalmente, o levarão à resoluções que certamente não agradará a todos. Logo, o melhor é viver sem ideologias, a fim de que possas concordar com todos e por ninguém ser discordado.

Em segundo lugar, faço saber que é requerido do líder poderes sobrenaturais. O tal deve curar a todos, declarar prosperidade, pregar mensagens positivas e objetivas. Nada de pensamentos subjetivos, que tratem da alma, do pecado, muito menos de sofrer por amor a Cristo.

As orações deverão ser “fortes”, e embora diga-se ser espontânea e inspiradas, não deve passar de jargões batidos e baratos sem qualquer fundamento teológico. É disso que eles gostam e quanto mais você berrar, mais darão “aleluias” e você será aclamado como homem ungido e cheio de poder.

Se queres ser pastor, ou padre de $uce$$o, deverás ser uma espécie de super-man. Não poderás demonstrar fraqueza, nem tristeza, muito menos depressão, mesmo quando aqueles a quem mais confiavas, acabam revelando, por força das circunstâncias, que preferiam as coisas tal como eram no Egito.

Não esqueça de que o culto deve ser um show, afinal temos que compensar a falta que sentimos dos "embalos de sábado a noite". E nesse show todos devem levar suas Bíblias, embora a leitura deva se resumir a apenas um ou dois versículos, porque, na verdade, ninguém está interessado em ler a Bíblia; argumentarão que podem muito bem lê-la em casa – embora nunca o façam. E depois, o que importa é a técnica da homilética e não seu conteúdo. Também não se interessam por orações comunitárias, afinal “cada um que busque sua bênção”. Não querem mais refletir, muito menos aquietar-se para ouvir Deus no silêncio. Só o que importa é que a oração os faça chorar de emoção, que a pregação os encha de ilusão, que a música seja agitada, os arranjos bem elaborados, e se a melodia emociona, nem importa o que diz a letra.

Não se esqueça de pregar o que prega a maioria dos pregadores; porque ninguém quer estar fora da moda, nem fora da norma da maioria. O seu amor abnegado e sua dedicação em ensinar as Escrituras, jamais serão suficientes, ou mesmo não terão qualquer relevância, quando a questão é quebrar os paradigmas, preconceitos e dogmas que mesmo infundados, estão arragaidos em alguma tradição, seja ela qual for.

Por final, fale somente o que eles querem ouvir, sem se preocupar com o que eles precisam ouvir. Mesmo sabendo que quem só fala o que os outros querem ouvir, tolhe de si a liberdade de pensar e agir, propriedades fundamentais para que algo possa mudar. Mas você não está preocupado com isso, está?

Se fizeres assim, certamente amanhã olharás para mim zombando por ter tido muito mais $uce$$o e glória do que eu. Mas com certeza, não terei inveja. Sentirei apenas pena de ti, nada mais.