Por Julio Zamparetti
“Ao retirarem-se eles, foi-lhe trazido um mudo endemoninhado. E, expelido o demônio, falou o mudo; e as multidões se admiravam, dizendo: Jamais se viu tal coisa em Israel!” (Mateus 9:32-33)
Neste texto encontramos o relato do episódio de um mudo que ficou curado logo que Jesus expeliu o demônio. Observe que não há relato de que este mudo fosse surdo, ele apenas não falava, mas certamente podia ouvir, caso contrário Mateus relataria a cura de um surdo-mudo ou tão somente um surdo. Ou seja, sua mudez não era conseqüência de surdez, mas possivelmente de algum trauma (doença da alma) que simplesmente o fizera calar-se, ou a ausência ou deformação das pregas vocais (doença física não diagnosticável naquela época), ou um aneurisma ou derrame cerebral (essas sim, nem se sonhava existirem). Qualquer que tenha sido a causa, uma vez que o mudo não era surdo, Mateus não poderia, naquela época, compreende-la, então a atribuiu ao demônio.
Na verdade, não há registro de que forma Jesus tenha expelido o demônio, mas o que quer que Jesus tenha dito ou feito, curado a alma ou o físico, quem o viu, naqueles dias, não saberia distinguir nem o mal, nem a cura, pois enquanto a medicina da época era extremamente limitada, para Jesus não havia limitações, nem restrições para desfazer um trauma ou implantar pregas vocais, perdoar pecados ou curar um paralítico. Jesus não esperaria até que os homens descobrissem, em termos científicos, o que causara aquele mal para só então curá-lo. Jesus curava a quem quisesse, de qualquer mal, e quando o descrevia, o fazia conforme o entendimento do povo.
O poder de Jesus é superior a qualquer enfermidade ou mal que possa acometer o ser humano, seja qual for sua causa. Entretanto, algumas vezes nos é muito difícil crer, simplesmente, no cuidado divino sobre nós, e assim queremos fazer o trabalho que é de Deus, como se a virtude de curar fosse de propriedade nossa. Então nos assentamos na cadeira do médico dos médicos e cuidamos de proferir os mais absurdos diagnósticos, e entre tantos devaneios decide-se pôr a culpa nos demônios e no moribundo que supostamente “deu brecha pro diabo”, ou ainda culpar seus pais, que pecaram e com isso atraíram maldição sobre seu filho. Nesse aspecto a doutrina da cura tem servido apenas para deixar as pessoas ainda mais doentes.
É perfeitamente compreensivo que, há dois mil anos atrás, a causa de epilepsias e doenças psicossomáticas fosse atribuída aos demônios, pela falta do conhecimento científico. Mas é inadmissível, nos dias de hoje, lançar tal fardo psicológico sobre um enfermo, sabendo que a doença física não é propriedade de demônios. Se assim fosse, deveríamos concluir que os idosos são mais volúveis a ação dos demônios que os jovens, e que na medida em que os jovens envelhecem também se tornam cada vez mais suscetíveis aos ataques demoníacos, já que a tendência é que com o passar dos anos venham também o enfado e suscetíveis enfermidades. Ora, dizer que tais desventuras são provenientes de domínio demoníaco seria, no mínimo, um desrespeito aos anciãos, a quem Bíblia trata com toda a devida honra, e a quem nós também devemos honrar.
É por causa das pregações em que se aloca enfermidades a demônios, que muitas pessoas entram num verdadeiro poço de desgosto ao serem acometidas por qualquer mal, principalmente quando a resposta de Deus às suas petições de cura é “a minha graça te basta”. Até mesmo os pregadores dessa “teologia” entram em “parafuso” quando se encontram enfermos. Tenho conhecido a muitos que expulsam demônios de si mesmos, quase enlouquecem tentando descobrir a brecha que deram para que satanás os tomasse com doença, e por fim, acabam se consultando com um médico em outra cidade para que seus liderados não saibam que esteve doente. Ora, ora! Se conhecessem a Palavra que Cristo pregou, já estariam limpos dessa mentira.
Neste texto encontramos o relato do episódio de um mudo que ficou curado logo que Jesus expeliu o demônio. Observe que não há relato de que este mudo fosse surdo, ele apenas não falava, mas certamente podia ouvir, caso contrário Mateus relataria a cura de um surdo-mudo ou tão somente um surdo. Ou seja, sua mudez não era conseqüência de surdez, mas possivelmente de algum trauma (doença da alma) que simplesmente o fizera calar-se, ou a ausência ou deformação das pregas vocais (doença física não diagnosticável naquela época), ou um aneurisma ou derrame cerebral (essas sim, nem se sonhava existirem). Qualquer que tenha sido a causa, uma vez que o mudo não era surdo, Mateus não poderia, naquela época, compreende-la, então a atribuiu ao demônio.
Na verdade, não há registro de que forma Jesus tenha expelido o demônio, mas o que quer que Jesus tenha dito ou feito, curado a alma ou o físico, quem o viu, naqueles dias, não saberia distinguir nem o mal, nem a cura, pois enquanto a medicina da época era extremamente limitada, para Jesus não havia limitações, nem restrições para desfazer um trauma ou implantar pregas vocais, perdoar pecados ou curar um paralítico. Jesus não esperaria até que os homens descobrissem, em termos científicos, o que causara aquele mal para só então curá-lo. Jesus curava a quem quisesse, de qualquer mal, e quando o descrevia, o fazia conforme o entendimento do povo.
O poder de Jesus é superior a qualquer enfermidade ou mal que possa acometer o ser humano, seja qual for sua causa. Entretanto, algumas vezes nos é muito difícil crer, simplesmente, no cuidado divino sobre nós, e assim queremos fazer o trabalho que é de Deus, como se a virtude de curar fosse de propriedade nossa. Então nos assentamos na cadeira do médico dos médicos e cuidamos de proferir os mais absurdos diagnósticos, e entre tantos devaneios decide-se pôr a culpa nos demônios e no moribundo que supostamente “deu brecha pro diabo”, ou ainda culpar seus pais, que pecaram e com isso atraíram maldição sobre seu filho. Nesse aspecto a doutrina da cura tem servido apenas para deixar as pessoas ainda mais doentes.
É perfeitamente compreensivo que, há dois mil anos atrás, a causa de epilepsias e doenças psicossomáticas fosse atribuída aos demônios, pela falta do conhecimento científico. Mas é inadmissível, nos dias de hoje, lançar tal fardo psicológico sobre um enfermo, sabendo que a doença física não é propriedade de demônios. Se assim fosse, deveríamos concluir que os idosos são mais volúveis a ação dos demônios que os jovens, e que na medida em que os jovens envelhecem também se tornam cada vez mais suscetíveis aos ataques demoníacos, já que a tendência é que com o passar dos anos venham também o enfado e suscetíveis enfermidades. Ora, dizer que tais desventuras são provenientes de domínio demoníaco seria, no mínimo, um desrespeito aos anciãos, a quem Bíblia trata com toda a devida honra, e a quem nós também devemos honrar.
É por causa das pregações em que se aloca enfermidades a demônios, que muitas pessoas entram num verdadeiro poço de desgosto ao serem acometidas por qualquer mal, principalmente quando a resposta de Deus às suas petições de cura é “a minha graça te basta”. Até mesmo os pregadores dessa “teologia” entram em “parafuso” quando se encontram enfermos. Tenho conhecido a muitos que expulsam demônios de si mesmos, quase enlouquecem tentando descobrir a brecha que deram para que satanás os tomasse com doença, e por fim, acabam se consultando com um médico em outra cidade para que seus liderados não saibam que esteve doente. Ora, ora! Se conhecessem a Palavra que Cristo pregou, já estariam limpos dessa mentira.
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