Quem diria? Os fãs de Elvis envelheceram. Aquelas senhoras de cabelos brancos, são as mesmas que assistiam aos seus shows completamente histéricas. Quando essa geração partir, o que sobrará de Elvis? Como um ícone da juventude americana poderia tornar-se num ícone da terceira idade? E se ele não houvesse morrido, ainda teria essa legião de fãs? Acredito que sim. Boa parte dos seus fãs sequer acredita que ele tenha morrido. Muitos afirmam que sua morte não passou de um embuste, e que Elvis estaria vivo ainda hoje, morando numa ilha paradisíaca do Pacífico. Aqueles velhinhos que todavia curtem sua música, sentem-se órfãos até hoje.
Particularmente, gosto de Elvis. Curti muitos dos seus filmes na sessão da tarde. E olha que não sou tão velho assim… Aprecio sua música, sua rebeldia, e até sua espiritualidade, cultivada discretamente em sua vida privada. Mas parece que, diferente dos Beatles, seu legado não conseguiu ser repassado às novas gerações. Ou será que estou equivocado? Seus fãs continuam fiéis, mas não logram contagiar os jovens com sua fidelidade.
E quanto à geração jovem atual? Quem são suas referências? Seus heróis? Acho perturbador assistir à esta onda de filmes biográficos que tenta nos empurrar guela a baixo os novos ícones da indústria do entretenimento. Antigamente, para que um artista ou qualquer outra pessoa pública tivesse sua vida registrada em livro ou filme, teria que ter deixado um enorme legado para a posteridade. Hoje, temos que nos contentar em assistir à biografia de um garoto de 16 anos, que atende pelo nome de Justin Bieber. Nada contra o menino. Apesar de não gostar de seu estilo musical. Além disso, Hollywood nos brinda com a biografia de Mark Zuckerberg, fundador do Facebook. Não há como assistir à película sem dar-se conta da apologia que se faz à máxima maquiavélica de que os fins justificam os meios. Sucesso a qualquer custo não é apenas uma mensagem subliminar. Pior que isso só o filme da Bruna Surfistinha, a prostituta da classe média que registrava suas desventuras num blog. Imagine uma adolescente saindo do cinema decidida: Vou ser a nova Surfistinha! Na minha época de juventude, um filme desses era proibido para menores de 18.
Na contramão disso tudo, decidi assistir com os meus filhos adolescentes ao filme “Che”, que conta a biografia do líder revolucionário Che Guevara. Embora tendo que parar o filme de tempo em tempo para explicar aos meus pimpolhos o contexto social, político e cultural em que a história transcorre, valeu a pena ter assistido à essa obra-prima. Prefiro que eles admirem o idealismo de Che (ainda que não estejamos ideologicamente 100% de acordo), a vê-los admirar os ícones superficiais criados pela indústria para serem consumidos.
Surpresa maior eu tive ao ler uma reportagem sobre manifestações em prol da democracia no Iêmem, onde manifestantes muçulmanos traziam sobre os turbantes a imagem de Che Guevara. Quem diria que um dia o Oriente Médio descobria o idealismo desse revolucionário latino-americano…
.........................................
Fonte: http://www.hermesfernandes.com/2011/02/quem-sao-os-herois-desta-geracao.html
Acho que um filme desse exemplo venha a influenciar apenas alguém que tenha um cérebro do tamanho ao de um passarinho, e infelizmente sabemos que esse tipo de gente existe. Porém, creio eu, que um cristão verdadeiro não se deixa influenciar por essas coisas. É a mesma coisa de quando a ICAR diz: "Não leiam isso, não vejam aquilo!" De que serve?
ResponderExcluirSó para ajudar ao faturamento alopradao dessas indústrias. Eu assisti ao filme da Bruna e dele tirei uma lição: "Contente-se com o que tenhas. A vida não é fácil. Escolhas erradas podem até nos render sucesso, mas não mas não nos completam ou trazem a felicidade!" Fiquei foi com pena da Raquel Pacheco ao ver o filme, vendo o que a droga e a prostituição causaram aquela menina.
Justin Bieber, Elvis realmente ninguém merece. Não é porque leio Paulo Coelho e ouço Madonna que vou virar místico ou me converter a cabala. Pelo menos penso assim.
Fique com Deus
Gde Abraço