domingo, 13 de fevereiro de 2011

OS SUICIDAS HERDARÃO O REINO DOS CÉUS?

Por Daniel Bedhung


Questão antiga e polêmica… Mas, sabe de uma coisa? Não me interessa. Tomara que eles fossem, mas prefiro deixar esta questão para Aquele Único Juiz revestido desta autoridade: Deus.


Contudo, acho incrível nossa capacidade de tão facilmente mandar pessoas para o inferno, entre elas os suicidas.


Lembro-me do caso de um amigo que se enforcou em casa. Sua “igreja” na época (católica) não quis realizar o sepultamento de seu membro porque era um suicida. Como eu o conhecia, pedi então ao pastor da igreja em que congregava, que realizasse os atos fúnebres. Então o enterramos.


Depois da morte de meu amigo, comecei a pensar sobre isso, uma vez que ele estava ouvindo do Evangelho, e vieram-me algumas questões: quem somos nós para determinarmos o destino de quem cometeu tal ato? Alguém pode dimensionar o estado mental e emocional do indivíduo que em momento de angústia extrema providencia este tipo de “escape”?


Certo dia, muito tempo depois, um professor meu falou-me algo sobre suicido que serviu-me como revelação sobre este assunto. Ele mostrou-me o texto de Ester 4:11 (“Todos os oficiais do rei sabe que existe somente uma lei para qualquer homem ou mulher que se aproxime do rei no pátio interno sem ser por ele chamado: será morto; a não ser que o rei estenda o cetro de ouro para a pessoa e lhe poupe a vida. E eu não sou chamada a presença do rei há mais de 30 dias.”). No contexto, apresentar-se ao rei sem ser chamado implica em risco de morte, salvo aquele a quem o rei estendesse o cetro e o recebesse, como fez com Ester. Para mim, então, suicidar-se é apresentar-se diante do Rei sem ser chamado.


Escolho ficar com estes pensamentos – pois para mim soam muito mais como o espírito do Evangelho. De forma alguma pretendo juntar-me àqueles que colocam-se no lugar de Deus – ora condenado, ora salvando – com seu julgamento baseado em exterioridades.



Fonte: http://pensecomigo.com/os-suicidas-herdarao-o-reino-dos-ceus/

5 comentários:

  1. Amado amigo, este artigo não ficou completo ao meu entender . Porém, fazendo uma análise do tema suicídio é bem diferente de fé, no caso de Ester foi fé, e outra ela sabia que o rei Assuero tinha um encanto por ela, e outra, estava determinada a falar com o rei ainda que sofresse a pena capital.
    Concordo contigo em questão de julgarmos os atos insanos de outras pessoas não é de nossa alçada, mas creio que um dia isso tudo será revelado.
    Este tipo de pecado não me lembro de ter lido na relação em Apocalipse.

    Abração
    do Amigo Maicon Blues.

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  2. Grande amigo maicon Blues! Tua presença aqui neste espaço virtual me causa, além da satisfação intelectual, uma tremenda saudade do blues que tocávamos juntos! Enfim, quanto ao artigo, eu concordo inteiramente com você. Entretanto, creio que a intenção do autor, ao relatar o episódio de Ester, é simplesmente aludir à soberania do rei, que pode usar de clemência a quem bem quiser.

    Um forte abraço, PJ.

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  3. Suicídio é um tema complexo e muito polêmico. Visto que nosso juízo não reflete o juízo de Deus, a tendência é cairmos em vãs teorias que nunca refletirão a realidade, pois, poderá o limitado ponderar sobre o ilimitado? Poderá o temporal ponderar sobre o atemporal? Fico com o ponto de vista do amigo Maicon quando diz "não é de nossa alçada". E o pior é que também "foge" a nossa alçada. De minha parte, creio Deus seguir um princípio coerente em suas decisões, levendo-me a crer em uma soberania no sentido de algo que extrapole nosso entendimento, porém, imparcial e coerente, norteada pelo amor.

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  4. Os Tempos Podermos , as Forças do Mal têm Escravi
    sados tanto o Homem Moderno , que me coloco a Pen
    sar , O fim da Vida em Meio a Crise de Abstinência de Drogas , Depressão , Doençãs de uma
    Sociedade tambêm Inferma , Merece Condenação , Jul
    gamento ? " Nos Devemos Amar , pois ele nos amou primeiro , e a familia enlutada ?

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