Por Julio Zamparetti
Aqueles que refletem sobre o Natal, têm em voga o conceito de que Natal, para nossos dias, é o princípio espiritual de se acolher o nascimento do Filho de Deus em seus corações, permitindo assim que a paz e esperança floresçam no campo da vida.
Todavia, apenas Ele nascer em nós não basta. Esta é uma via de mão dupla em que a reciprocidade é a ordem do dia. É dando que se recebe. Então, quem quer ter Cristo nascido em si, tem que também nascer para Cristo. Caso contrário, ninguém nasceu em ninguém.
Os Cristão têm, de forma geral, o batismo como o sacramento do nascimento para Deus. Tanto o termo sacramento, quanto nascimento, nos remete a entendermos o batismo como dom de Deus, um meio de graça pelo qual Deus se achega a nós e se faz conhecido em nosso meio. Entretanto, mesmo esta via tem sua duplicidade, requer de nós uma caminhada. Se engana feio quem acha que basta ser batizado. Pois o principal fator de validação de um sacramento está na fé e o comprometimento credal. Já dizia São João: “Se alguém diz: “Eu o conheço”, mas não obedece aos seus mandamentos, é mentiroso” (I João 2.4). Assim, a vida do cristão só é vida de cristão se reflete os princípios básicos que o batismo representa: perdão, justiça, serviço e unção.
Perdão. O aspecto da purificação dos pecados é inerente ao batismo praticado não só no cristianismo como em diversas outras culturas religiosas. Nas Escrituras Sagradas ele é encontrado nos banhos de purificação da Lei Mosaica, no batismo ministrado por João Batista e também no batismo cristão instituído por Jesus e praticado por seus discípulos.
Enquanto em outras culturas batiza-se novamente uma pessoa sempre que esta deseja o perdão dos pecados, o cristianismo tem no seu batismo uma marca indelével, dispensando assim a necessidade de repetição do rito, requerendo-se apenas arrependimento e mudança de atitude. Um único batismo faz-se previamente eficaz por toda a vida, válido a todo e qualquer momento em que o batizado, arrependido, desejar honrar seus votos.
Essa consciência de uma marca indelével do prévio perdão de Deus sempre disponível sobre todo aquele que se arrepende, também compromete o cristão a perdoar, previa e indelevelmente, a todo que lhe ofende.
Justiça. Outra característica inerente ao batismo é a justiça. Jesus Cristo não necessitava do perdão, pois era sem pecados. Este fato está claro nas palavras de João Batista: “Eu é quem devo ser batizado por ti, e vens tu a Mim”. Entretanto, era necessário que Jesus se submetesse a justiça de Deus e dos homens, para que os homens pudessem ter nEle a justificação. Não é justo, nem pode ser justificador quem a si mesmo não se submete à justiça. Por isso Ele disse: “nos convém cumprir toda justiça”.
Eis que novamente se descortina diante de nós uma via de mão dupla. Justiça não deve ser desejada aos olhos, mas sim ao paladar. Não é bem-aventurado quem quer ver justiça, mas sim quem dela tem fome e sede. Justiça não é coisa para se ver, mas para degustar. Somos justificados por Cristo, quando desejamos que seu conceito de justiça seja vivido em nós.
Serviço. O batismo de Jesus foi carregado de um significado a mais, o início de seu ministéro. Embora seja comum às pessoas considerarem ministério apenas as atividades que se referem ao serviço clerical, não podemos nos esquecer que o Sacerdócio Universal é concernente a todos os cristãos, leigos e clérigos. Todos somos chamados a ser soldados de Cristo, trabalhando segundo os dons que nos são concedidos pelo Espírito Santo.
Unção. No batismo Jesus se fez nascido da mesma água e do mesmo Espírito que nós nascemos. O mesmo Espírito que repousou sobre Ele, repousa também sobre nós A mesma voz que dizia sobre Ele: “este é meu Filho amado”, também nos chama de filhinhos queridos, pois no batismo filiamo-nos ao Pai e irmanamo-nos a Jesus, razão pela qual temos a autoridade (unção) de realizarmos sua obra em seu nome.
Mas não só temos essa autoridade, como temos também a responsabilidade. Uma vez que, pelo batismo, nossa filiação ao Pai é indelével, sempre carregaremos sobre nós o nome de Cristo, seja para a honra ou para a desonra. Como um filho não pode deixar de ser filho por um momento sequer, também não podemos deixar de carregar o nome de Cristo ainda que vivamos em pecado. Neste caso, o tesouro depositado para salvação, poderá vir a ser peso de condenação.
Conclusão
Ser batizado não requer apenas rito, requer fé; não requer apenas água, requer arrependimento todos os dias; não requer somente fórmula, requer obediência; não requer um novo nome, mas uma nova vida, um nascimento para Deus.
Bendito seja Cristo.
Todavia, apenas Ele nascer em nós não basta. Esta é uma via de mão dupla em que a reciprocidade é a ordem do dia. É dando que se recebe. Então, quem quer ter Cristo nascido em si, tem que também nascer para Cristo. Caso contrário, ninguém nasceu em ninguém.
Os Cristão têm, de forma geral, o batismo como o sacramento do nascimento para Deus. Tanto o termo sacramento, quanto nascimento, nos remete a entendermos o batismo como dom de Deus, um meio de graça pelo qual Deus se achega a nós e se faz conhecido em nosso meio. Entretanto, mesmo esta via tem sua duplicidade, requer de nós uma caminhada. Se engana feio quem acha que basta ser batizado. Pois o principal fator de validação de um sacramento está na fé e o comprometimento credal. Já dizia São João: “Se alguém diz: “Eu o conheço”, mas não obedece aos seus mandamentos, é mentiroso” (I João 2.4). Assim, a vida do cristão só é vida de cristão se reflete os princípios básicos que o batismo representa: perdão, justiça, serviço e unção.
Perdão. O aspecto da purificação dos pecados é inerente ao batismo praticado não só no cristianismo como em diversas outras culturas religiosas. Nas Escrituras Sagradas ele é encontrado nos banhos de purificação da Lei Mosaica, no batismo ministrado por João Batista e também no batismo cristão instituído por Jesus e praticado por seus discípulos.
Enquanto em outras culturas batiza-se novamente uma pessoa sempre que esta deseja o perdão dos pecados, o cristianismo tem no seu batismo uma marca indelével, dispensando assim a necessidade de repetição do rito, requerendo-se apenas arrependimento e mudança de atitude. Um único batismo faz-se previamente eficaz por toda a vida, válido a todo e qualquer momento em que o batizado, arrependido, desejar honrar seus votos.
Essa consciência de uma marca indelével do prévio perdão de Deus sempre disponível sobre todo aquele que se arrepende, também compromete o cristão a perdoar, previa e indelevelmente, a todo que lhe ofende.
Justiça. Outra característica inerente ao batismo é a justiça. Jesus Cristo não necessitava do perdão, pois era sem pecados. Este fato está claro nas palavras de João Batista: “Eu é quem devo ser batizado por ti, e vens tu a Mim”. Entretanto, era necessário que Jesus se submetesse a justiça de Deus e dos homens, para que os homens pudessem ter nEle a justificação. Não é justo, nem pode ser justificador quem a si mesmo não se submete à justiça. Por isso Ele disse: “nos convém cumprir toda justiça”.
Eis que novamente se descortina diante de nós uma via de mão dupla. Justiça não deve ser desejada aos olhos, mas sim ao paladar. Não é bem-aventurado quem quer ver justiça, mas sim quem dela tem fome e sede. Justiça não é coisa para se ver, mas para degustar. Somos justificados por Cristo, quando desejamos que seu conceito de justiça seja vivido em nós.
Serviço. O batismo de Jesus foi carregado de um significado a mais, o início de seu ministéro. Embora seja comum às pessoas considerarem ministério apenas as atividades que se referem ao serviço clerical, não podemos nos esquecer que o Sacerdócio Universal é concernente a todos os cristãos, leigos e clérigos. Todos somos chamados a ser soldados de Cristo, trabalhando segundo os dons que nos são concedidos pelo Espírito Santo.
Unção. No batismo Jesus se fez nascido da mesma água e do mesmo Espírito que nós nascemos. O mesmo Espírito que repousou sobre Ele, repousa também sobre nós A mesma voz que dizia sobre Ele: “este é meu Filho amado”, também nos chama de filhinhos queridos, pois no batismo filiamo-nos ao Pai e irmanamo-nos a Jesus, razão pela qual temos a autoridade (unção) de realizarmos sua obra em seu nome.
Mas não só temos essa autoridade, como temos também a responsabilidade. Uma vez que, pelo batismo, nossa filiação ao Pai é indelével, sempre carregaremos sobre nós o nome de Cristo, seja para a honra ou para a desonra. Como um filho não pode deixar de ser filho por um momento sequer, também não podemos deixar de carregar o nome de Cristo ainda que vivamos em pecado. Neste caso, o tesouro depositado para salvação, poderá vir a ser peso de condenação.
Conclusão
Ser batizado não requer apenas rito, requer fé; não requer apenas água, requer arrependimento todos os dias; não requer somente fórmula, requer obediência; não requer um novo nome, mas uma nova vida, um nascimento para Deus.
Bendito seja Cristo.
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