sábado, 28 de agosto de 2010

O SATANISMO QUE A IGREJA ACOLHE

Ouvi, pois, a palavra do SENHOR, homens escarnecedores, que dominais este povo que está em Jerusalém. Porquanto dizeis: Fizemos aliança com a morte e com o além fizemos acordo; quando passar o dilúvio do açoite, não chegará a nós, porque, por nosso refúgio, temos a mentira e debaixo da falsidade nos temos escondido (Isaias 28.14,15).

Dizer de alguém que tenha feito uma aliança com a morte e o inferno (Além), nos faz, imediatamente, pensar em um pacto satânico. Portanto, esses que assim procederam seriam, podemos dizer, satanistas.

O que me chama a atenção nesse texto é que os tais satanistas são nada menos que líderes religiosos de Jerusalém. E o pior, o que os configurava, segundo o texto, é o fato de terem, por refúgio, a mentira e a falsidade. Não seriam essas, características inerentes a muita gente que se esconde por trás da religiosidade? Assim foi aos Israelitas em questão, e pelo que se pode ver, é assim ainda hoje!

Mas também sobre Jerusalém veio o juízo de Deus, pois assim previa o profeta (v.22b): “porque já do Senhor, o SENHOR dos Exércitos, ouvi falar de uma destruição, e essa já está determinada sobre toda a terra”. A profecia se cumpriu cabalmente no ano setenta da era cristã, quando toda terra de Jerusalém, incluindo o templo, foi destruída pelo Império Romano. Este episódio também foi predito por Jesus, como juízo divino pelo sangue inocente derramado, desde Abel até Zacarias.

Na carta aos Hebreus, destinada ao mesmo povo a quem Isaias profetizou, porém agora, gerações mais tarde e convertidos a Cristo e integrados à Igreja visível e invisível (Hb.12:22-24), o autor os adverte sobre o juízo sob qual seus pais caíram e que eles, caso se desviassem da advertência divina, estariam sujeitos também (Hb.12.25). O autor ainda convida ao desapego das coisas abaláveis, para abraçar a graça inabalável de Cristo (Hb.12.26-28).

Num paralelo entre esses dois textos (da profecia de Isaias e da carta aos Hebreus) percebemos que seria impossível que os Hebreus, a quem foi dirigida a carta, tão integrados à igreja e zelosos pelos rituais judaico-cristãos, fizessem algum pacto satânico, firmando aliança com a morte e o inferno de forma ritual. Tal erro também não se espera da igreja de hoje. Entretanto, mesmo diante de tanta religiosidade, os hebreus cometeriam o mesmo erro de seus pais, caso se refugiassem no abalável refúgio da mentira e da falsidade, erro que, infelizmente, é bem peculiar na religiosidade hodierna.

Caminhando para Jerusalém (Lc.13:22), Jesus fez a mesma advertência àqueles que (Lc.13.26): comem em sua mesa - uma referência à Eucaristia, nos templos - e aprendem dEle na rua de suas casas - isso nos lembra grupos de discipulado e reuniões familiares. Jesus advertiu que essa religiosidade não os tornaria conhecidos dEle(Lc.13.25), e ainda seriam lançados fora do Reino de Deus, caso vivessem na prática da iniqüidade (Lc.13.27), isto é, mentira e falsidade.

Para quem se confia no ritualismo religioso como meio de salvação, eis o alerta. Infelizmente, temos, em nossas igrejas, ótimos religiosos que são péssimos cristãos: rezam, cantam, profetizam, oram em línguas, mas fora do templo e mesmo dentre dele são falsos e mentirosos. Falam de Deus, mas adoram o diabo.

Certamente não ficarão impunes.

Pense nisso.

Um comentário:

  1. Um tanto motivador este testo para que as pessoas mantenham os olhos abertos!Poeta Marcelo

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