Por julio Zamparetti
A anencefalia é a terceira causa legalizada para o aborto no Brasil. Qual será a quarta? Aonde vamos parar? Isso me assusta muito! Parece que estamos dando vazão ao pensamento daquele louco assassino que queria uma raça pura, sem defeitos. Tenho a sensação de estar assistindo o surgimento de um New-Hitlerianismo.
O que está em jogo não é apenas o direito de abortar uma vida, mas de abortar a consciência de toda sociedade. Nossa gente, há tempos, vem cultivando trivialidade, consumindo enlatados, fast foods, preferindo descartáveis, se relacionando virtualmente; não sabe mais se relacionar pessoalmente, amar incondicionalmente, viver ou morrer por alguém, ter compaixão. Nossa mente tem sido condicionada a valorizar o sucesso, a fama, a juventude, o dinheiro, a beleza física, a estética, ao mesmo tempo em que desaprendemos a valorizar o que é essencial e verdadeiro.
É muito mais fácil divorciar-se do que promover a restauração do casamento; é muito mais fácil romper relacionamentos do que perdoar; é muito mais fácil correr dos problemas do que solucioná-los; é muito mais fácil descartar os idosos do que cuidar deles; é muito mais fácil se isolar do que conviver com os defeitos dos outros; é muito mais fácil abandonar um filho com deficiência do que viver suprindo sua carência; é muito mais fácil abortar uma vida do que amar incondicionalmente. Mas, enfim, essa é a geração das facilidades, em que tudo - tudo mesmo - é descartável. Isso não é um problema de simples religiosidade, mas de formação intelectual de uma nação. Poderemos pagar o preço disso que estamos semeando? Duvido. A certeza que tenho é que amanhã os descartáveis seremos nós.
Ao contrário do que muitos pensam, conviver com pessoas com deficiência não é martírio; martírio é a morte de um inocente. Legalizado ou não, isso não muda o fato de que caminhamos rumo a uma sociedade cada vez mais intolerante com os doentes, os velhos e os especiais. Defender a vida e o direito desses, também é inclusão.
Para encerrar, deixo aqui um questionamento pertinente: O que doe mais, gerar um filho que terá pouco tempo de vida e dar-lhe um enterro digno, ou tira-lo à força, mutilando seu corpinho indefeso num procedimento abortivo, mesmo sabendo que ali existe uma vida, uma alma vivente, um filho seu?
O que está em jogo não é apenas o direito de abortar uma vida, mas de abortar a consciência de toda sociedade. Nossa gente, há tempos, vem cultivando trivialidade, consumindo enlatados, fast foods, preferindo descartáveis, se relacionando virtualmente; não sabe mais se relacionar pessoalmente, amar incondicionalmente, viver ou morrer por alguém, ter compaixão. Nossa mente tem sido condicionada a valorizar o sucesso, a fama, a juventude, o dinheiro, a beleza física, a estética, ao mesmo tempo em que desaprendemos a valorizar o que é essencial e verdadeiro.
É muito mais fácil divorciar-se do que promover a restauração do casamento; é muito mais fácil romper relacionamentos do que perdoar; é muito mais fácil correr dos problemas do que solucioná-los; é muito mais fácil descartar os idosos do que cuidar deles; é muito mais fácil se isolar do que conviver com os defeitos dos outros; é muito mais fácil abandonar um filho com deficiência do que viver suprindo sua carência; é muito mais fácil abortar uma vida do que amar incondicionalmente. Mas, enfim, essa é a geração das facilidades, em que tudo - tudo mesmo - é descartável. Isso não é um problema de simples religiosidade, mas de formação intelectual de uma nação. Poderemos pagar o preço disso que estamos semeando? Duvido. A certeza que tenho é que amanhã os descartáveis seremos nós.
Ao contrário do que muitos pensam, conviver com pessoas com deficiência não é martírio; martírio é a morte de um inocente. Legalizado ou não, isso não muda o fato de que caminhamos rumo a uma sociedade cada vez mais intolerante com os doentes, os velhos e os especiais. Defender a vida e o direito desses, também é inclusão.
Para encerrar, deixo aqui um questionamento pertinente: O que doe mais, gerar um filho que terá pouco tempo de vida e dar-lhe um enterro digno, ou tira-lo à força, mutilando seu corpinho indefeso num procedimento abortivo, mesmo sabendo que ali existe uma vida, uma alma vivente, um filho seu?
Olá! Excelente texto. É impressão minha ou a blogosfera não deu a devida importância à decisão do STF? Será que os blogueiros cristãos concordaram, de alguma forma, com a decisão?
ResponderExcluirEstou postando uma série sobre esse assunto, a patir da filosofia, intitulada "CONTRIBUIÇÃO DA FILOSOFIA BERGSONIANA PARA A QUESTÃO BIOÉTICA DO ABORTO EM FETOS ANENCÉFALOS E DA EUTANÁZIA - Parte I".
Gostaria de convidá-lo e a todos os seus leitores para acompanharem e opinarem sobre o assunto:
http://www.filosofiacalvinista.blogspot.com.br/
Me desculpe Sr Julio, vou ter que discordar em parte de seu texto.
ResponderExcluirA respeito da legalização do aborto em feto com anencefalia.
Lhe pergunto, qual é a sensação de ver um filho morrer?
Não sei se você é pai, mas com certeza não é mãe. E nunca, NUNCA, vai saber o que é gerar um filho!
Quando uma mulher engravida, todo seu corpo e mente são voltadas para a criança. O amor que nasce junto com a barriga é incondicional.
Cada estagio da gravidez tem seu momento especial, e a mãe fica ansiosa para ver o rostinho do seu filho e faz milhares de planos para sua vida, pois a partir daquele momento seria responsável pela criação de uma pessoa...
O que lhe faz pensar que o aborto de feto anencefálico, é pior do que passar por toda a gravidez sabendo que terá que enterrar um bebe??
Você é homem e NUUNCA saberá como é passar por uma gravidez.
E submeter a mulher a passar por essa condição para fazê-la enterrar seu filho algumas semanas após o parto é RIDICULO.
RIDICULO! RIDICULO!
Juro que estou muito indignada com a sua posição.
Me diga qual é o direito de vida que um feto tem neste caso? Viver numa UTI Neo Natal durante alguns dias?
Fazer os pais sofrerem a morte de um filho bebe?
Como já disse, você é homem, JAMAIS saberá o que é gerar um filho, e assim fica muito fácil escrever em seu blog algo que nunca acontecerá com você..
Juh, em primeiro lugar quero te agradecer por tua participação neste blog. Tu tens razão, jamais saberei o que é gerar um filho. Mas isso não desmerece o amor de um pai dedicado que “engravidou” junto de sua esposa na geração de seus 2 filhos, nem torna menor seus sentimentos. Também não sei como é a dor de enterrar, mas te garanto que não é maior do que a de matar um filho.
ResponderExcluirA possibilidade de um óbito neonatal não é exclusividade dos anencéfalos. Se adotarmos esse critério para definirmos quem pode ou não viver, teremos respaldo para uma verdadeira chacina. Da mesma forma, a possibilidade de sobrevida não é exclusividade dos encéfalos. Muitos bebês perfeitos já morreram; muitos anencéfalos estão vivos. Devo dizer que dentre os pais, que conheço, que convivem ou conviveram com filhos dessa especialidade, todos descobriram, independentemente de sua religião, o privilégio e a graça de acolherem em seus braços e corações seres tão especiais e amáveis, capazes de ensinar a amar com o verdadeiro amor incondicional, que nada espera em troca.
Tu tens razão, eu não passei por essa dor. Mas sei que tu também não passaste. Porque se tiveste passado bem saberias que a vida deles é um direito deles e uma benção nossa. Espero que tu nunca passes por isso, mas desejo e te aconselho que busques vivenciar essa experiência sofrendo com quem sofre. Visite os hospitais, escute os doentes, passe alguns dias na APAE, deixe-se envolver no abraço de alguém com síndrome de down, no olhar de um altista, n o sorriso de um anencéfalo (ou você achava que eles não têm nenhuma manifestação emocional?). Depois disso, tenho certeza que não apenas defenderás o direito de vida deles, como também afirmarás tua necessidade de conviver com eles. Afinal, ninguém há melhor que nos ensine a ter compaixão, sem a qual não se pode ser feliz.
Lamento que estejas tão indignada, mas, por favor, acesse o link a seguir e veja a vida que um anencéfalo tem direito. http://amadavitoriadecristo.blogspot.com.br/
P.S.: Não te envergonhes, todos nós, de vez em quando, somos ridículos também!