Quando tratamos de escatologia (estudo das últimas coisas) sempre somos remetidos, ao menos tentados, a pensar em coisas que estão por vir e que estão fora de nossa realidade. A expressão “últimos dias” tem levado muitos a excluir do conceito escatológico os dias atuais, bem como os dias passados.
Nesse ínterim, muitas profecias referentes à primeira vinda de Cristo são conotadas, erroneamente, à sua segunda vinda, contando-se que toda transformação a ser executada nessa terra se dará por conta pessoal de Cristo, que virá, supõe-se, trazendo transformação instantânea de todo mal em benesse. O problema disso é que, com esse pensamento, a igreja se exime da responsabilidade de promover a salvação deste mundo, função que lhe é claramente atribuída pelas Escrituras Sagradas e especialmente por ninguém menos que o próprio Senhor Jesus. Muito se fala em salvação individual e o que as igrejas, em sua maioria, tem feito é “guiar” os fiéis aos crivos que lhe garantam um pedaço do céu e, claro, regalias na terra.
Com isso, a religiosidade mesquinha de nossos dias tem conduzido as pessoas a cada vez mais se preocuparem unicamente com seus próprios problemas, esquecendo-se dos problemas sociais, ambientais e culturais, isolando-se de tudo que de fato iluminaria a terra. Quando as igrejas manifestam alguma preocupação do tipo, o fazem pensando em impor sua cultura. Trata-se, na verdade, de um ato muito mais proselitista do que caridoso, pois o que fazem, fazem sem acreditar que o mundo possa ser transformado, senão por uma intervenção extraordinária, milagrosa e pessoal de Cristo, em razão de sua volta.
O que, de forma geral, tem se esquecido, ou não se quer crer, é que as transformações propostas nas páginas sagradas não dizem respeito a um futuro distante, mas sim a um passado presente; que os últimos dias descritos na Bíblia reportam-se à última aliança de Deus com os homens; e que tal aliança já se deu há dois mil anos, por meio de Cristo. Esta aliança é última porque é eterna e é a partir dela que todas as coisas são transformadas.
Deus não realizará a obra que destinou os homens a fazê-la. O tempo profetizado por Isaías, de dias sem choro, sem dor, em que cegos veriam, mudos falariam e coxos saltariam não diz respeito a uma nova aliança por vir, mas a nova aliança que veio. Quando Jesus mandou dizer a João Batista que os cegos enxergavam, os mudos falavam e até os mortos ressuscitavam, Jesus trouxe ao seu tempo presente a promessa que Isaías fizera ao futuro. Portanto, Cristo fez o futuro presente.
Para nós, não nos cabe crer que o futuro nos reserva o melhor, mas que o melhor está oculto no presente a espreita de que o revelemos. Se ainda choramos e sofremos em meio a maldade humana, possivelmente ainda não descobrimos o poder da mensagem de Cristo. Talvez tenhamos andado em direção errada, tão preocupados com os dogmas, as exegeses e as regras de hermenêutica; brigando, discutindo e criando cismas em função das concepções escatológicas, eclesiológicas e cristológicas, enquanto tudo o que Jesus ensinou foi amar. Que fruto haverá das orações por paz no mundo se nem entre os que oram existe paz? Atrevo-me a dizer que se soubéssemos amar não precisaríamos da Bíblia. Em contraponto, a mesma Bíblia que compila a maior história de amor que a humanidade pode ter conhecimento, é motivo de discórdia e desamor entre os que a divulgam. Alguma coisa está muito errada!
Segundo Isaías, no “caminho de santidade”, ímpios não entrariam, mas até tolos trilhariam por ele sem errar. Como então tantos teólogos, mestres, lideres religiosos e nós que somos tão sabidos temos errado tanto?
Se eu lhe parecer tolo, já nem me importo. Mas pela primeira vez em minha vida reescreverei a frase de Martinho Lutero que até aqui tanto defendi e a utilizei em palestras, estudos e homilias.
Frase original: "Fiz uma aliança com Deus: que Ele não me mande visões, nem sonhos nem mesmo anjos. Estou satisfeito com o dom das Escrituras Sagradas, que me dão instrução abundante e tudo o que preciso conhecer tanto para esta vida, como para o que há de vir."
Frase reescrita: Fiz uma aliança com Deus: que Ele não me mande visões, nem sonhos nem mesmo anjos. Estou satisfeito com o dom do amor, que me da instrução abundante e tudo o que preciso conhecer tanto para esta vida, como para o que há de vir. Pois sem amor, que serventia tem as Escrituras Sagradas e todo conhecimento que ao homem possa ser dado?
Se eu estiver pecando nesse meu critério, que assim seja, pois prefiro pecar por amor, a “acertar” sem amar. “Porque o amor cobre multidão de pecados” (I Pedro 4.8b).
Nesse ínterim, muitas profecias referentes à primeira vinda de Cristo são conotadas, erroneamente, à sua segunda vinda, contando-se que toda transformação a ser executada nessa terra se dará por conta pessoal de Cristo, que virá, supõe-se, trazendo transformação instantânea de todo mal em benesse. O problema disso é que, com esse pensamento, a igreja se exime da responsabilidade de promover a salvação deste mundo, função que lhe é claramente atribuída pelas Escrituras Sagradas e especialmente por ninguém menos que o próprio Senhor Jesus. Muito se fala em salvação individual e o que as igrejas, em sua maioria, tem feito é “guiar” os fiéis aos crivos que lhe garantam um pedaço do céu e, claro, regalias na terra.
Com isso, a religiosidade mesquinha de nossos dias tem conduzido as pessoas a cada vez mais se preocuparem unicamente com seus próprios problemas, esquecendo-se dos problemas sociais, ambientais e culturais, isolando-se de tudo que de fato iluminaria a terra. Quando as igrejas manifestam alguma preocupação do tipo, o fazem pensando em impor sua cultura. Trata-se, na verdade, de um ato muito mais proselitista do que caridoso, pois o que fazem, fazem sem acreditar que o mundo possa ser transformado, senão por uma intervenção extraordinária, milagrosa e pessoal de Cristo, em razão de sua volta.
O que, de forma geral, tem se esquecido, ou não se quer crer, é que as transformações propostas nas páginas sagradas não dizem respeito a um futuro distante, mas sim a um passado presente; que os últimos dias descritos na Bíblia reportam-se à última aliança de Deus com os homens; e que tal aliança já se deu há dois mil anos, por meio de Cristo. Esta aliança é última porque é eterna e é a partir dela que todas as coisas são transformadas.
Deus não realizará a obra que destinou os homens a fazê-la. O tempo profetizado por Isaías, de dias sem choro, sem dor, em que cegos veriam, mudos falariam e coxos saltariam não diz respeito a uma nova aliança por vir, mas a nova aliança que veio. Quando Jesus mandou dizer a João Batista que os cegos enxergavam, os mudos falavam e até os mortos ressuscitavam, Jesus trouxe ao seu tempo presente a promessa que Isaías fizera ao futuro. Portanto, Cristo fez o futuro presente.
Para nós, não nos cabe crer que o futuro nos reserva o melhor, mas que o melhor está oculto no presente a espreita de que o revelemos. Se ainda choramos e sofremos em meio a maldade humana, possivelmente ainda não descobrimos o poder da mensagem de Cristo. Talvez tenhamos andado em direção errada, tão preocupados com os dogmas, as exegeses e as regras de hermenêutica; brigando, discutindo e criando cismas em função das concepções escatológicas, eclesiológicas e cristológicas, enquanto tudo o que Jesus ensinou foi amar. Que fruto haverá das orações por paz no mundo se nem entre os que oram existe paz? Atrevo-me a dizer que se soubéssemos amar não precisaríamos da Bíblia. Em contraponto, a mesma Bíblia que compila a maior história de amor que a humanidade pode ter conhecimento, é motivo de discórdia e desamor entre os que a divulgam. Alguma coisa está muito errada!
Segundo Isaías, no “caminho de santidade”, ímpios não entrariam, mas até tolos trilhariam por ele sem errar. Como então tantos teólogos, mestres, lideres religiosos e nós que somos tão sabidos temos errado tanto?
Se eu lhe parecer tolo, já nem me importo. Mas pela primeira vez em minha vida reescreverei a frase de Martinho Lutero que até aqui tanto defendi e a utilizei em palestras, estudos e homilias.
Frase original: "Fiz uma aliança com Deus: que Ele não me mande visões, nem sonhos nem mesmo anjos. Estou satisfeito com o dom das Escrituras Sagradas, que me dão instrução abundante e tudo o que preciso conhecer tanto para esta vida, como para o que há de vir."
Frase reescrita: Fiz uma aliança com Deus: que Ele não me mande visões, nem sonhos nem mesmo anjos. Estou satisfeito com o dom do amor, que me da instrução abundante e tudo o que preciso conhecer tanto para esta vida, como para o que há de vir. Pois sem amor, que serventia tem as Escrituras Sagradas e todo conhecimento que ao homem possa ser dado?
Se eu estiver pecando nesse meu critério, que assim seja, pois prefiro pecar por amor, a “acertar” sem amar. “Porque o amor cobre multidão de pecados” (I Pedro 4.8b).
Excelente testo estimado Irmão. Sempre é bom ressaltar o Amor e não a Lei.
ResponderExcluirhttp://eugeniochristi.blogspot.com/
Olá irmão a graça e a paz do Senhor Jesus amém?!
ResponderExcluirquero convida-lo a dar uma passadinha no meu blog ,
e seguir, lá você vai encontrar textos bem interessantes que são postados toda semana,
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